31.10.08

 

29.10.08

 

Ato, texto e contexto no virtual













Olá!

Você acaba de chegar ao nosso ateliê virtual!

Estamos felizes com a sua presença e queremos antes de mais nada contar um pouquinho como tem sido o nosso trabalho. Que tal?

O
Ato Com Texto tem desenvolvido com sucesso atividades à distância, modalidade cada vez mais difundida e procurada nesta era tecnológica.

Ainda que seja um trabalho sem o contato físico, os resultados (na maioria das vezes, satisfatórios) se assemelham aos produzidos na categoria presencial.

Claro que nem todos os cursos oferecidos pelo ateliê (com sede em Brasília) podem ser feitos virtualmente, em razão das abordagens e necessidade de materiais. Entretanto, estamos dispostos a fazer tentativas e criar novas possibilidades, caso seja do seu interesse.

Embora o êxito dependa muito do participante – disciplina e comprometimento-, já temos alunos (idades variadas) participando dos seguintes projetos:





  • Comunicação Organizacional (exercícios para aperfeiçoar a escrita empresarial visando a melhoria dos textos constantes nos documentos oficiais)




Agora, tentaremos tirar aqui um pouco das dúvidas mais comuns sobre nosso trabalho realizado à distância. Quaisquer outras podem ser esclarecidas por e–mail (atocomtexto@gmail.com).

Vamos lá:

[ Os laboratórios e oficinas são, em geral, personalizados. Dessa forma, na modalidade à distância, as aulas (módulos) virtuais são preparadas de acordo com as suas necessidades, para tentar suprir e atender da melhor maneira suas expectativas. Neste caso, o curso é individual.

[ O primeiro passo é preencher um questionário (que enviamos por e-mail) para conhecermos melhor você.

[ Na seqüência é feita a matrícula, com o objetivo de reserva horário e para começarmos a elaboração do cronograma e das atividades do programa.

[ Além dos exercícios (arquivos em PDF) realizados pelo participante de acordo com sua disponibilidade de tempo, há um horário previamente agendado para tira-dúvidas e orientações on-line (MSN).

[ Cada participante pode montar seu curso de acordo com suas condições de investimentos: tempo e dinheiro. (ver tabela de ofertas)

[ Para o desenvolvimento dos projetos não há tempo de duração pré-definido, pois se trata de um processo evolutivo de aprendizagem contínua que dependerá de cada aluno, considerando-se sua satisfação e interesse, mediante auto-avaliação. Assim como, o ritmo e desenvolvimento dos trabalhos são individuais. No entanto, o aluno pode encerrar sua participação a qualquer momento (arcando com os custos das atividades já realizadas ou enviadas para o seu e-mail).

[ Atendemos também a grupos e os valores são negociados de acordo com quantidade de alunos e atividades.

[ Os pagamentos são mensais realizados, via depósito ou transferência, em conta no Banco do Brasil.

[ É possível participar de dois ou mais projetos simultaneamente.

[ Nossas atividades são dirigidas e buscam, dentre outras habilidades, despertar o olhar criativo, a desenvoltura textual, o treino com as palavras, o lúdico do texto e do tema, o aperfeiçoamento do participante.





Sugerimos que, se você ainda não navegou em nosso blog, entre em nossos links e conheça um pouco dos projetos, leia depoimentos e veja as fotos.




Aguardamos nova visita e, querendo, venha participar de nossos projetos.




Abraços textuais,

Solange


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15.10.08

 

Ensinar e aprender...



Demais não é o suficiente:
a arte do essencial
Por uma aprendizagem integral




Arte e texto

por Solange Pereira Pinto
Brasília, 30 de junho de 2008




A pós-modernidade é conhecida pelo consumo, pela superficialidade, pela rapidez, pelo “descartável”. É, sem dúvida, uma época marcada pelos excessos. Muitas plásticas, muita obesidade, muita informação, muito trabalho, muito estresse, muitos acessos... Mas como pode uma civilização, como a atual, marcada por tão elevadas quantidades carecer? Podemos indagar: como perceber que o “demais” nem sempre é o suficiente?

A humanidade ao longo de sua existência tem passado por auges e declínios dos povos, hoje chamados de nações, bem como tem se questionado sobre os motivos pelos quais ora se está em um patamar, ora em outro. Por outro lado, individualmente, interroga-se como encontrar respostas para os sofrimentos e as necessidades. As soluções, nem sempre fáceis de alcançar, em geral, reúnem alguns traços que podem ser comuns àqueles que se superaram, sejam como coletividade ou como cidadãos. Percebe-se que, nos vários tipos de conquistas que se deram, destacam-se: a inteligência, a consciência, o conhecimento e o esforço.

Perscruta-se que foi necessário ao homem libertar sua inteligência, esforçar-se e buscar o conhecimento para que pudesse ascender graus evolutivos. O pensamento, a ética, a moral, os valores, os princípios, a cultura, o desenvolvimento humano são frutos de seres que se esmeraram, e se esmeram, em manter livre o uso da razão e da consciência para darem a si e aos semelhantes condições dignas para traçar um destino nobre, espiritualmente elevado, favorável ao crescimento e à aprendizagem consciente.

No entanto, ao se ler os jornais e as revistas, ao se ouvir os noticiários da TV e do rádio, as pessoas se deparam com números e atrás deles cegamente correm; sejam eles os números da balança a indicar uns quilos a mais, sejam os números da conta bancária a refletir um gasto extra, sejam os números da última estatística educacional a mostrar a quantidade de escolas com notas superiores ou inferiores ao que se deve ser, ou outra quantidade qualquer. Vão dessa forma se tornando pesos mortos, massas de manobras, com pouca, ou quase nenhuma, atuação sociopolítica.

Envoltas em números, muitas almas são sufocadas e se sentem perdidas nesse mar informacional, que deveria mais servir ao despertar e menos ao aprisionamento dos indivíduos no calabouço da ignorância.

Todavia, há solução e se faz premente apresentá-la. Seria tal como apontar saída de emergência em um cinema lotado em caso de incêndio. Lá estão as pessoas vidradas em mais uma cena de aventura e a fumaça lhes corre pelo nariz, e, ainda assim, não a percebem. A porta que se abre não apenas as livra do sufoco; ela as liberta para o ar puro. É necessário que se encontre um rumo, além de que se adentre a sabedoria. Mas como fazê-los?

Transcendendo!

O conhecimento que adquirimos no mundo deve servir para alcançar a sabedoria e promover transformação. É pelo internalizado “saber” que o homem aperfeiçoar-se-á atuando com percepção moral e juízo elevado de valor. E, ao se desenvolver, com senso crítico, será exemplo inspirador de outros que assim busquem com vontade sobreviver às penúrias que devem suportar na vida.

Pelo estudo, pela leitura, pela palavra, pela escrita, pela educação dirigida que os seres humanos devem se orientar – não somente para aprender a satisfazer às necessidades da vida, mas, também, para resolver o que a vida lhes apresentar – visando atingir uma meta que lhes conduza ao caminho dessa tal Sabedoria .

Essa virtude tão requisitada e enigmática é deveras uma arte. Bem assim o são os atos de ensinar e aprender. Só se pode ensinar o que se sabe, não é óbvio? Ocorre que, ensinar, no sentido daquilo que transcende e modifica em prol da sabedoria, envolve meandros poucos discutidos pelo senso comum. Ensinar enseja observação, assimilação verdadeira, exemplo, escuta, consciência, humildade, generosidade. É um ato de iluminação real, ilustração.

A arte de aprender está do mesmo lado da moeda, ainda que aparentemente oposto, expressando as capacidades de bondade, elevação, caráter e vocação, dentre outras características, as quais somos capazes de estabelecer num plano que a natureza prima pelo aperfeiçoamento e evolução espiritual.

Essas inquietudes e necessidades do que se chama “espiritual” se manifestam. Os livros vêm e vão na tentativa de encontrar as chaves libertadoras das saídas. Em consonância, ensinar exige sabedoria, paciência, abnegação, novamente vocação...

Destarte, é pelo autoconhecimento, é pelo adentrar em umbrais da vida e das próprias sombras, é pelo movimento de auto-superação, é pelo descobrimento consciente dos agentes causais, é pelo entendimento das nuanças da alma, é pela transcendência da esfera comum, é pela consciência de si e do outro, é pelo conhecimento da mecânica do pensamento, é pela evolução consciente, é pelo discernimento, enfim é pela arte de aprender e pela arte de ensinar por “todo” que o nosso espírito se tempera e segue um novo e elevado destino.

Assim, é pelo essencial que o homem deve se guiar, pois muitas vezes há demais e não é suficiente. É preciso propagar a vontade de aprender. Ou, de outra maneira, haverá muita gente sufocada de “informações”, entretanto carente de conhecimento, porque é por meio da capacidade de estudo estimulado e consciente que se engrandecem os seres e se transformam as civilizações. É mediante a superação intrínseca que nos tornamos mais aptos a chegar ao pensamento supremo que encarna a vida universal.

Finalmente, vale ressaltar que “a arte de ensinar encontra sua máxima expressão na alma daqueles cuja vontade de aprender se faz possível. Assim como o bem que recebem e os saberes com os quais se instruem se completam e efetivam a realidade para o seu aperfeiçoamento integral”. É na busca incessante do essencial que se desperta para a consciência, e estando sempre alerta que: demais nem sempre é suficiente.

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Cursos de comunicação, leitura, criatividade, escrita...

Quem nunca sentiu um friozinho no estômago ao ver uma folha em branco e ter literalmente "um branco"? E aquela dificuldade de ordenar as idéias para compor uma redação? Hum... Mas como fazer um resumo de um texto complicado? E se o problema for a diculdade de comunicação oral? Ah... Tem jeito? Tem sim!

Pesquisadora em Comunicação e desenvolvimento humano, a professora e escritora Solange Pereira Pinto tem se dedicado a formular projetos que desenvolvam a capacidade comunicativa dos indivíduos. Elaborando aulas (que ela chama de encontros) personalizadas, Solange tem obtido sucesso com seus alunos.

"Creio que o mais importante hoje seja derrubar os mitos que envolvem a comunicação. Por exemplo, vivemos numa cultura que passa a idéia de que quem não estuda não é inteligente, capaz, ou, ainda, de que quem é intelectual sabe de tudo. E não são verdades... Estamos na sociedade dos 'títulos acadêmicos', dos papéis, das visões estereótipadas, principalmente em Brasília que é uma cidade burocrata. Vivemos em um tempo de celebridades, mitos, ídolos e quem está fora se sente menos. Temos que valorizar outros aspectos da vida. Temos que 'democratizar' a auto-estima coletiva, popular", analisa.


Em seu ateliê colorido e cheio de imagens para desvendar, se abre outro mundo para quem quer se autodesenvolver. Quem quiser conhecer melhor o trabalho dessa educadora é só entrar em contato pelo email
sollpp@gmail.com ou visitar seu blog http://atocomtexto.blogspot.com/




Folder eletrônico, clique nele para ampliar a imagem:

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5.10.08

 
























“Todo Origami começa quando pomos a mão em movimento. Há uma grande diferença entre compreender alguma coisa através da mente e conhecer a mesma coisa através do tato.”




Tomoko Fuse

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4.10.08

 

Abertas as inscrições!


O ateliê Ato Com Texto oferece neste final de ano uma oficina breve de ESCRITA CRIATIVA.

O objetivo principal é apresentar algumas técnicas de produção de textos para estimular o pensamento criativo e, assim, "desbloquear" o ato da escrita e da expressão verbal.

Com duração breve, e apenas uma vez por semana, a oficina servirá de aquecimento àqueles que pretendem melhorar o texto ou mesmo exercitar esta atividade.

As vagas são limitadas!

Fale conosco e garanta a sua participação!



Início: 10 de novembro (até 15/12)
Período: segundas-feiras, de 19h30 às 21h
Duração: 6 semanas


Informações: 9961-6971 (Solange)

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3.10.08

 

O pinhel








Eu que nunca aprendi a escrever...
mas aprendi a brincar de...
não soube até hoje se...



Brasília, 2 de outubro de 2008, mês das crianças
Por Solange Pereira Pinto




Quando eu era criança minha mãe brincava comigo de uma brincadeira que a mãe dela brincava com sua avó. Uma diversão passada pelas gerações, o "pinhel".


Uma brincadeira "brincada" com as mãos. Uma pilha de mãos dançando ao ar até desabar em cócegas na barriga de alguém. Normalmente, desempilhava na minha ou na do meu irmão menor.

Eu, com meus dedinhos pequeninos, beslicava a pele da mão de minha mãe em formato de concha, e o meu irmão beliscava a minha e íamos nos revezando em mãos até não sobrar qualquer uma solta. Depois das mãos apoiadas umas sobre as outras, fazíamos um movimento vertical, suspendendo e abaixando, repetindo a cada deslocamento a palavra "pinhel".


Assim se dava o "pinhel-pinhel-pinhel-pinhel-brululululu". O brululululuuuuu acontecia no desabamento das mãos até as costelas mais próximas. Difícil até de descrever essa lúdica brincadeira de toques e intimidade.




O tempo passou e o pinhel ficou. Pra trás. Ficou, também, na mente, na pele, no gesto, no gosto, na saudade... Na memória do corpo e da infância.


Há alguns meses, três décadas depois, eu relembrei dele e resolvi brincar com minha filhota de sete anos. Nem é preciso dizer o quanto ela adorou a brincadeira cosquenta.

No vaivém das mãozinhas e das pupilas, ela ri até desabar os dentes de alegria e a barriga a tremer de satisfação "pinhelenta".



Os olhinhos, fixados nos outros e procurando por vezes os dedos em pinça, podem se remexer em gargalhadas no segundo seguinte a uma piscadela. E a gente se diverte. E a gente se repete em pinhels (?).

No mesmo instante em que as mãos se desmancham em cutucadas risadas elas correm para se amontoar novamente e, assim, recomeçar a dança, que tem por graça o inesperado da fuga da mão adulta a procurar um lugar cheio de cosquinhas na criança.


Pinhel é assim: movimento e alegria. Quase uma cor que salta da barriga.


Só que...


O tempo gira. O cata-vento roda. A aurora surge e a gente não sabe de nada!


Nadica!


Até que...


A dúvida faz coceira dentro da cabeça e a gente fica doido de querer saber.


Foi assim...


Eu nunca tinha precisado escrever (como outras tantas devem ter) a palavra "pinhel" ou seria "pinheu"? Quem sabe "pinhéu"? Apenas passei anos e anos da minha vida "falando" pinhel. Sentindo o "pinhéu". Gargalhando com o "pinheu". E tudo bem. E eu ria. E não caiu no vestibular.


Como o que se vive não cai no vestibular e nem entra no currículo, é bobagem decerto. Ninguém precisou ensinar. Nem ninguém precisou saber escrever, afinal.

Até que, revirando um site de brinquedos de papel (sou uma eterna criança), dou de cara com uma palavra escrita que me faz relembrar a infância: "pin wheel" (traduzindo toscamente "pino roda"). Eu pensei: "céus é o meu pinhel!" Correndo, lá fui catar meu riso alto! Mas não era o meu pinhel! Ops, pin wheel (falado"pin-huiu").

A ignorância remexeu os dedos no teclado e fui ao dicionário inglês-português e achei o coladinho "pinwheel" (cata-vento e similares).

O vento não parou e a curiosidade aumentou. Como se escreve o MEU pinhel?

Pedi clemência ao Houaiss dei de cara com o regionalismo "douro", que é o mesmo que "caruma", que significa folha, quantidade, que por fim é igual a folha de pinheiro.


Uau! Pinhel vem de pinheiro! Que lembra o Natal (estrangeiro, mas tudo bem)! Que me lembra luzes saltitantes... que por fim me trazem presentes! Fiquei extasiada feito criança que junta sílabas e lê a palavra. Le-gal! Pi-nhel!


Ainda não era o pinhel da gargalhada! Continuei procurando um pouco mais, na santa internet e seus hipertextos, achei a Pinhel (foto) de Portugal. Agora com a mesma pronúncia do meu pinhel. Mais próxima e com castelo para contar histórias. Cujo nome "Pinhel", é claro, deriva da grande quantidade de pinheiros existentes por lá.


E nada de encontrar o pinhel de mãos!


Sem verbete para o meu, de pinhel a pin wheel, pinwheel, até Pinhel rodei como um pinhel. Cata-ventei até subir às torres do castelo de mãos e achei o que estava escondido de mim: o renascimento da palavra carregada de significados emotivos, sensoriais, afetivos, melódicos.


O pinhel falado ganhou sua roupa de letrinhas. Ganhou primos. Ganhou ascendentes. Ganhou, agora, no meu papel a forma de PINHEL. Assim maíusculo. Gritando sua importância.


Agora sim, ele existe na forma escrita e eu o batizei em grafema. O pinhel falado... que eu não aprendi a escrever... mas aprendi a brincar... o pinhel bolinado... que não sei de onde vem... o pinhel dos contos de réis e não de reis... o pinhel popular... da tradição oral... o pinhel feito de pinheiro de mãos que balançam ao vento até o topo chegar no chão para cutucar as costelas de quem ainda não aprendeu a ler e já sabe brincar... de falar... "pinhel-pinhel-pinhel-pinhel-brululululu".




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Crédito das fotos usadas nesta postagem:


1) blog.craftzine.com

2) visualparadox.com

3) bp0.blogger.com

4) ruimsc.blogspot.com

5) olhares.aeiou.pt

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